sábado, 23 de fevereiro de 2008

38 - Tiros para o alto

A matéria publicada na edição 2042 da revista Veja confirma o que eu sempre disse em sala de aula sobre projéteis de armas de fogo atirados para cima: a sua queda se dá com velocidade suficiente para, até, matar alguém.

Algumas correções podem ser feitas na matéria, como quando informa que: "Quando o tiro é disparado a 90 graus, a bala pode cair em qualquer lugar num raio de 10 metros." Os MythBusters fizeram um programa em que uma arma calibre 9 mm foi disparada verticalmente e foi verificado que, no retorno ao solo, o projétil caiu a 40 metros do ponto de lançamento, ou seja, não podemos esquecer da influência do vento em sua trajetória. Também não podemos esquecer que para disparar um projétil a 90 graus é necessário que a arma esteja firmemente presa a um suporte. Num disparo dado com a arma na mão, mesmo segurando-a perpedicularmente ao solo, é simplesmente impossível a bala ser lançada formando um ângulo de 90 graus com a horizontal. Tal informação, portanto, não é verdadeira mas tais erros não afetam o essencial da matéria: alertar as pessoas de que tiros para cima podem ser fatais.

A revista brasileira Magnum trouxe por, pelo menos, duas vezes matérias sobre o assunto, sendo que na primeira delas citou um caso ocorrido na cidade de São Paulo onde um vigia noturno quase matou uma criança, que dormia dentro de casa, com um tiro de uma arma calibre 32 disparada para o alto. Meses após tal reportagem ser publicada passei a uma aluna um cópia xerox da mesma para desmentir uma afirmação estúpida de um amigo seu que, pasmem, era membro da Polícia Federal.

A matéria da Veja foi postada no link "Notícias" com o número 72, leia-a.

Um comentário:

Unknown disse...

Olá, Élder..

Interessante o tema que aborda nessa reportagem; traz a lume uma outra que li/assisti (?) outro dia a respeito do perigo de projéteis lançados por traficantes nas comemorações de Reveillón no Rio de Janeiro, no alto dos morros, que são encontrados mesmo nas praias onde poderiam atingir qualquer transeunte.
Solução: bonés à prova de bala!
(Risos)
:0)

Um abraço.
André Zamperlini.
Pré. (de novo)