domingo, 28 de outubro de 2007

36 - O acidente com o LZ 129 Hindenburg

O vídeo, embora sem áudio, dá uma boa idéia do que eram os Zeppelins. Repare que na barquinha que ficava embaixo do dirigível iam apenas alguns dos tripulantes, os passageiros ficavam em salas no seu corpo. Embora uma das legendas do vídeo se refira a uma "massa de aço quente" a estrutura dos Zeppelins era em alumínio.

35 - Os Zeppelins

A época de ouro dos grandes dirigíveis vai do final da década de 1920 até quase o final da década de 1930. Um dos seus ícones foi o LZ 127 Graf Zeppelin que foi o primeiro objeto voador a dar a volta completa ao globo, feita no ano de 1929 em sete etapas e percorrendo 33 mil quilômetros. Seus dados técnicos principais eram:

Comprimento: 213 metros
Diâmetro: 30,5 metros
Volume de hidrogênio: 105 mil metros cúbicos
Nº de passageiros: 24
Nº de tripulantes: 36
Motores: 5 Maybach
Potência total: 2.650 cv
Velocidade máxima: 120 km/h
Velocidade de cruzeiro: 100 km/h


A ilustração mostra a proporção existente entre um Boeing 747 (Jumbo), o Zeppelin e o Titanic.

O Graf Zeppelin saiu de serviço em 1937 após percorrer mais de 500 mil quilômetros e transportar aproximadamente 17 mil pessoas, ficou em exposição pública até 1940 quando foi desmanchado.
O maior dos Zeppelins foi o LZ 129 Hindenburg, orgulho da engenharia alemã com os seguintes dados técnicos:

Comprimento: 245 metros
Diâmetro: 45 metros
Volume de hidrogênio: 200 mil metros cúbicos
Nº de passageiros: 50
Nº de tripulantes: 61
Velocidade máxima: 135 km/h
Autonomia: 14 mil quilômetros


O LZ 129 Hindenburg era o orgulho da engenharia alemã sendo o principal modelo construído pela Deutsche Zeppelin-Reederei. Para se ter uma idéia da sofisticação do dirigível toda a enorme estrutura do seu corpo era feita em alumínio, sendo que os aviões da época ainda utilizavam, em sua maioria, madeira e lona. Daí pode-se entender o choque causado na Alemanha quando em seis de maio de 1937 o Hindenburg acidentou-se durante preparação para o seu pouso na base aérea de Lakehurst, New Jersey, EUA, matando 35 dos seus 97 ocupantes e mais uma pessoa no solo.
Durante muito tempo discutiu-se a causa do acidente, ora colocando-se a culpa no hidrogênio responsável pela sustentação do dirigível, ora numa possível sabotagem. Hoje sabemos que a tinta inflamável (a substância fósforo era um de seus componentes) que era usada no revestimento do Hindenburg foi a responsável pelo desastre ao ser incendiada por uma faísca causada pela eletricidade estática acumulada durante a viagem. O assunto foi tema do filme O dirigível Hindenburg (The Hindenburg), lançado em 1975 e dirigido por Robert Wise.


Veja algumas fotografias do Graf Zeppelin quando de sua passagem por Vitória em 1930.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

34 - A ressonância em ação



O vídeo mostra a ponte sobre o estreito de Tacoma no estado norte americano de Washington desabando em conseqüência da ressonância causada por ventos de aproximadamente 65 km/h. A ponte havia sido inaugurada três meses antes, 1 de julho de 1940, e tinha 1.600 m de extensão. O acidente provocou uma reavaliação em todos os projetos de pontes do mesmo tipo quanto à possibilidade da ocorrência do fenômeno.
A ressonância ocorre quando um um sistema mecânico tem sua energia aumentada devido ao fato de a freqüência de suas oscilações - provocadas, no caso, pelo vento - se igualar à frequência de vibração natural do sistema.

domingo, 21 de outubro de 2007

33 - Vest 2008

Na quarta-feira passada, 10 de outubro de 2007, o jornal A Gazeta distribuiu junto com sua edição normal um caderno denominado "Vest 2008". Até aí, tudo bem, pois faz parte das ações de marketing dos jornais, nesta época do ano, lançar cadernos e suplementos sobre o vestibular visando angariar verbas publicitárias das faculdades e colégios. Acontece que na página 18 havia um quadro sob o título "saiba mais" onde eram dadas dicas, fórmulas e regras sobre assuntos que, segundo o jornal, eram de maior relevância para os vestibulares e que trazia vários erros de forma e conteúdo:

Zoologia era colocada como uma disciplina separada da Biologia.
Eram dados mnemônicos (facilitadores de memorização), chamados de "macetes", alguns ridículos e outros mais difíceis de decorar que as regras originais.

Na Física foram colocadas definições e equações erradas:


Lembre que:
Não existe "variação de calor de um corpo".
Não confunda "aceleração" com "atrito".
É usual (tudo bem que não é norma) utilizar m, p, V e a para, respectivamente, massa, pressão, volume e aceleração e não M, P, v e A.
É errado utilizar "C" para representar calor específico, o correto é "c".
Na equação fundamental da calorimetria ( Q = m·c·Δt ) o correto é "Δt" e não "t", muito menos "T".

"T" deve ser utilizado quando a equação só aceitar valores de temperatura que estejam nas escalas absolutas (kelvin e rankine).


O mais grave é sugerir que no Pré-Vestibular ("cursinho" como algumas pessoas adoram dizer) ensina-se a memorizar itens e não a raciocinar sobre os processos e colocar a Física como "aquela matéria onde o importante é decorar as fórmulas". Isto pode até ser praticado por uma minoria mas é muito antigo (no mau sentido), pedagógicamente errado e não é o que uma imensa maioria faz, além de passar uma idéia completamente equivocada de como a Física deve ser encarada pelas pessoas. Tais "dicas" só podem ter sido dadas por alguém com uma visão arcaica e deturpada do que é o Ensino Médio e o Pré-Vestibular hoje.
Aconselho que os jornais se assessorem melhor ao publicar informações e conselhos sobre o vestibular.


PS - kelvin e rankine são grafadas com iniciais em letra minúscula!

32 - Tentativa de vôo

Carros de corrida não foram feitos para voar, mas podem decolar...