quinta-feira, 1 de março de 2007

12 - CDs e DVDs piratas estragam o aparelho?

Na revista Veja desta semana (edição 1997 - ano 40 - nº 8 - 28 de fevereiro de 2007), na seção GUIA Veja, foi publicada uma matéria relatando, baseada em "pesquisas que avaliaram os efeitos de cópias de filmes e CDs piratas nos aparelhos", três motivos que levariam tais discos a abreviarem a vida útil dos aparelhos e, em casos extremos, causar até uma pane "definitiva".
Parece que tais "pesquisas" foram encomendadas pelas gravadoras e pelos grandes estúdios de cinema. As justificativas são esdrúxulas e sem o mínimo fundamento:
1 - "Os discos pirateados apresentam superfície curva." Qualquer disco que apresente uma superfície irregular é capaz de provocar problemas de leitura, independente de ele ser pirateado ou não. Não há nada que comprove tal afirmativa. Na mesma justificativa foi dito que "o disco falsificado exige uma força maior da parte mecânica, o que acelera o desgaste da máquina", pergunto eu, porque?
2 - "A gravação dos discos piratas não obedece a um padrão mínimo de qualidade". A maioria dos discos "genéricos" utiliza um disco CDR ou DVDR e, claro, a qualidade é menos controlada do que num disco gravado na fábrica, o que pode causar uma dificuldade ou até uma impossibilidade de leitura. O prejuízo ao sistema ótico do aparelho, se existe, é o mesmo que você tem quando reproduz um disco gravado pela sua filmadora ou gravado no seu computador.
3 - " O furo do disco não é centralizado". Este é o mais ridículo dos três motivos. O furo central dos discos utilizados nos CDs e DVDs "genéricos" é tão centralizado quanto o de qualquer CD ou DVD, a menos que o disco seja fabricado a "martelo".
Não compro e sou contra a compra de discos "genéricos", mas também sou contra argumentos ridículos "fabricados" para justificar a venda de discos que poderiam ser vendidos por um preço menor não fosse a ganância das gravadoras e dos estúdios. Se querem vender mais discos "originais" diminuam o seu preço.

PS. Chamei de discos "genéricos" porque "falsificados" implica em produtos que têm uma aparência próxima da apresentada pelo produto original visando ludibriar o comprador desavisado. A maioria destes discos não faz questão nenhuma de ter uma aparência que engane os seus compradores.

Link para a matéria na revista

4 comentários:

Anônimo disse...

Essa do furo não ser centralizado foi mesmo sem noção!
Na minha opinião, com o crescente uso do formato MP3 distribuido sem controle nenhum pela internet, estamos caminhando para a total extinção da musica distribuida em midias como CDs e até mesmo DVDs, pois até mesmo filmes inteiros já são facilmente descarregados da internet. passei aki também pra agradecer a voce professor porque suas aulas de mecanica foram de grande ajuda em minha aprovação em engenharia eletrica na UFES. Valeu por tudo ae professor!! As aulas foram de grande ajuda pra chegar a esse 7,8 em fisica na prova da UFES

Elder disse...

Parabéns pela aprovação, o mérito é seu.

Anônimo disse...

Amigo...esta da Mídia Pirata exigir maior capacidade mecânica deve-se ao fato de o Peso angular desta mídia ser um pouco maior (porém, imperceptível por nossa sensibilidade), o que às vezes impossibilita ou torna vagaroza a rotação do eixo!

Abçs

Elder disse...

Caro Thiago, o "Momento Angular" fora da faixa de tolerância (o que implica num controle de qualidade falho) pode ocorrer em QUALQUER disco CDR ou DVDR, sendo ele PIRATA OU NÃO. Se o aparelho é fabricado para reproduzir discos CDR ou DVDR tal justificativa não se aplica!